segunda-feira, 24 de abril de 2017
Being black is enough for the police to stop me
I came from London to Cova da Moura* four days ago. I was in England for a few weeks and that was enough to start feeling like a normal citizen. I have lived some time in London before and there are problems too, but there is a difference between England and Portugal. There I feel like a character in a movie, like any normal person, here in the country where I was born and which I'm citizen of, they always give me the role of a villain.
This time around I took long to leave the house. Today was my first real contact with the streets and straigt up I encounter the police. Every time I return home they always remind me what is my place in this society, that of the villain, the suspect simply because I'm black.
I went for a walk in the early sunny morning with my dog. I noticed a Volkswagen leaving my neighbourhood, the three people inside it staring at me. I thought that it could be the police. It’s like around here the police doesn't like to be looked at. Already on the other side of the road, I saw the same car turning into the car park next to the petrol station where I was. They all came out of the car with some urgency. I am familiar with this type of behaviour and any of us that grew up with this knows what comes next.
By my experience I knew they were police officers even though they were undercover. They didn't identify themselves or even say that they were police. They asked me for my documents. I said that I didn’t have my ID with me. I had come out with light clothes with the only intention of letting the dog for a 10 minute sniff and go back home. They said that I should have known that I should carry my documents at all times. I answered yes but suggested that we could go get my documents at my house which is 50 meters from where we were. I even explained that there was this occasion where I was stopped by the police officers in the same spot also with my dog and from there we went to my house so that I could identify myself and show the dog’s document as per their request.
While I was trying to talk with the police officers some memories from past traumas started to emerge. These are memories of racist police violence that I have suffered during my 37 years of life, especially a serious case that happened more than 20 years ago and is still very alive in me. It has always happened in the form of a stop and search or random identification check. There was never other reason if not that of being black. With me it has happened dozens of times but my criminal record is clear.
The threat of violence was present, and I started losing my line of thinking when I realised that the police officer that was talking with me didn't stop adjusting his gloves. That made me forget to ask for their names.
I felt the need to protect myself so I showed them the cuts that I had because of an operation that I had three days ago: two 10 centimetre wounds on my belly, stitched and stapled. From there on their reaction started to change, the officer took off the gloves e got closer like with the intention of lifting my shirt to have a better look. I stopped him telling him that he could not touch me. They wanted to know more about the wounds. In their eyes, now I was a fragile villain.
I felt less frightened by then so I asked what was the reason for them to stop me and why they didn’t identify themselves. Up to this point they hadn’t identified themselves. Then one of them asked me my name. I said my name and then I asked his. He gave me his surname but yet they never showed me their badges.
It seems it was an offence for the officer when I answered him with a question and without a real reason to stop me they tried to justify it with the identification check issue. But they also didn't accept my suggestion of going to get it. "It’s not you who tells us what we should do”, one said. They left with out identifying me; according to them it was after all optional.
I didn’t find out whether there was any other, real reason for them to stop me except the colour of my skin. I was glad they didn't take me to the police station but the fact is that they didn't identify me either (no full name, no date of birth, no address, no legal status were requested). That shows that it was a pure case of abuse of power, discrimination and racial profiling.
*Cova da Moura is a neighbourhood in the outskirts of Lisbon. It is populated by around 6000 people who have their roots in the ex-colonies of Portugal, principally Cape Verde islands.
sábado, 15 de abril de 2017
Basta ser negro para a polícia me parar
Voltei de Londres para Cova da
Moura há quatro dias. Estive na Inglaterra por umas semanas e foi
suficiente para voltar a sentir-me como um cidadão normal. Já vivi muito
tempo em Londres, e enquanto lá também há problemas, vejo uma
diferença entre Inglaterra e Portugal. Lá sou como um figurante num
filme, uma pessoa normal qualquer, aqui na terra onde nasci e da qual
sou cidadão, dão me sempre o papel de vilão.
Desta vez demorei a sair da casa. Foi hoje o primeiro contacto com a rua e logo com os polícias. Sempre quando volto do estrangeiro eles me lembram qual é o meu lugar, o do vilão, sempre suspeito simplesmente por ser negro.
Sai com o meu cão para aproveitar o sol da manhã. Reparei num Volkswagen a sair do meu bairro, e as pessoas no carro olharam para mim. Já tinha atravessado a estrada, quando vi que o mesmo carro deu uma volta e estávamos todos no parque de estacionamento ao lado da bomba da Repsol da Buraca. Saíram do carro como se se tratasse de uma situação de urgência. Já estou familiar com essa conduta, e qualquer um de nós que crescemos com isso sabe o que vai suceder.
Pela minha experiência sabia que
eram polícias, mas não se identificaram e estavam vestidos a civil.
Pediram-me o documento. Disse que não o tinha. Tinha saído com
roupa leve e só com a intenção de deixar o cão largar o pé por 10 minutos e voltar para casa. Disseram-me que eu devia saber que devia ter o meu B.I. comigo.
Respondi que sim, sugeri que podíamos ir buscar o B.I. na minha casa, como ficava 50 metros do sítio onde estávamos. Ainda expliquei que já houve uma vez que me
pararam quase no mesmo sítio com o meu cão, e daí seguimos para
minha casa para eu mostrar o meu documento, e ainda tive de apresentar os documentos do cão.
Enquanto falava com os agentes começaram a voltar as traumas do passado. São memórias de violência policial racista que sofri durante os meus 37 anos de vida, e especialmente um caso grave que aconteceu há mais de 20 anos e até hoje ainda está comigo. Sempre foi no contexto de uma rusga ou de identificação sem outro motivo a não ser o facto de ser negro. Aconteceu dezenas de vezes, e nunca tive um registo criminal.
A ameaça de violência estava presente, e comecei a perder o meu raciocínio quando reparei que o polícia que estava a falar comigo estava constantemente a ajustar as suas luvas. Até esqueci de pedir os agentes para se identificarem.
Senti a necessidade de me proteger e mostrei-lhes os cortes que tinha levado na operação que tive há três dias: dois cortes de 10 centímetros fechados com pontos e agrafos na barriga. Aí a reacção deles mudou, o agente tirou as luvas e aproximou -se com vontade de levantar a minha camisa para ver melhor. Impedi-o dizendo que não me podia tocar. Queriam saber porque é que estava todo agrafado. Já, nos olhos deles, era um vilão fragilizado.
Já senti menos medo e perguntei qual era o motivo de me pararem e porque é que não estão identificados. Até esse ponto eles não me disseram que eram polícias. Um deles então perguntou qual era o meu nome. Disse o meu primeiro nome e perguntei o nome dele, e ele me deu o seu apelido, mas ficaram sem se identificarem oficialmente com o distintivo.
Foi
ofensivo para o agente eu ter respondido com uma pergunta, e sem motivo justificável para me parar, voltaram a questão
da identificação. Mas não aceitaram a minha proposta de ir a casa
buscá-lo. ”Não é você que nós diz o que nós devíamos fazer”,
disseram. Ficaram sem me identificar, dizendo que para eles afinal é
opcional.
Assim, fiquei sem saber se houve um outro motivo para me pararem, a não ser a cor da minha pele. Enquanto fiquei contente por não me levarem para a esquadra, o facto de afinal não me terem identificado (não pediram nome completo, nem data de nascimento ou endereço) mostra que foi um puro caso de abuso de poder e de discriminação racial.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Até Livro de Reclamações negam
Não esperava esta.
Desde pequeno que comecei a frequentar a pastelaria mais famosa da Buraca. Quando ia à catequese e à missa, no final às vezes eu e os meus colegas íamos comprar bolos com creme, como o mil folhas, o palmier recheado e a popular bola de Berlim.
A pastelaria enchia quando tinha batizados, casamentos e comunhões. Era muito frequentado pelas pessoas que vivem na Buraca, no bairro Alto Cova da Moura e no bairro do Zambujal.
Há uns dias entrei no estabelecimento e cumprimentei toda a gente. Depois de mim entrou uma senhora que estava a falar ao telefone. Eu estava a espera no balcão para ser atendido e foi quando notei que o funcionário da Pastelaria atendeu a mesma senhora que ainda estava ao telefone.
- Desculpe lá, eu estava aqui primeiro, disse.
A senhora respondeu-me logo:
- Ah desculpe-me, de facto este senhor estava a minha frente.
- Ta desculpada, mas a culpa não é sua, é do senhor. Ele me viu entrar.
O funcionário, sem ter terminado o pedido da senhora, dirigiu-se para mim e disse:
- O quê é que quer?
Vendo o seu ar com um certo desprezo respondi:
- Acho que é melhor agora terminar o que já começou e depois me atenda se faz favor.
Depois de terminar com a Senhora o funcionário dirigiu-se para mim e voltou a ser mal-educado.
- O quê é que tu queres?
Notando essa agressividade e desprezo comecei a ferver por todos os lados, consciente que não podia perder o controlo.
- Com essa atitude e sem um pedido de desculpas não me apetece pedir nada, afirmei eu.
- Tá bem tá, resmungou ele.
Ai tomei logo a atitude que já tinha decidido tomar nestas ocasiões. Sem exaltar pedi o livro de reclamações.
Isso fê-lo ainda mais tonto.
- Não temos não, não damos, disse, virando as costas para mim.
Eu fiquei estupefacto com a negação do livro de reclamações*. Vi à minha volta e estavam cerca de 10 pessoas no estabelecimento.
- Estão todos a ver? Ouviram que este funcionário não me quer dar o livro de reclamações?
Mais estúpido fiquei, porque ninguém respondeu. Outros foram saindo. Prossegui com o pedido, desta vez ao seu colega.
- Não ligue, ele não está bem, ele não o viu, esqueça lá isso.
- Eu já disse que quero o livro de reclamações.
- Não posso dar, o patrão não esta cá, concluiu a conversa.
Retirei-me do estabelecimento. As vontades eram muitas mas peguei nas minhas cenas e saí... E já não vou lá mais.
*Já denunciei a situação. Os estabelecimentos comerciais que neguem o acesso ao Livro de Reclamações estão sujeitos a coimas até 30 mil euros.
Desde pequeno que comecei a frequentar a pastelaria mais famosa da Buraca. Quando ia à catequese e à missa, no final às vezes eu e os meus colegas íamos comprar bolos com creme, como o mil folhas, o palmier recheado e a popular bola de Berlim.
A pastelaria enchia quando tinha batizados, casamentos e comunhões. Era muito frequentado pelas pessoas que vivem na Buraca, no bairro Alto Cova da Moura e no bairro do Zambujal.
Há uns dias entrei no estabelecimento e cumprimentei toda a gente. Depois de mim entrou uma senhora que estava a falar ao telefone. Eu estava a espera no balcão para ser atendido e foi quando notei que o funcionário da Pastelaria atendeu a mesma senhora que ainda estava ao telefone.
- Desculpe lá, eu estava aqui primeiro, disse.
A senhora respondeu-me logo:
- Ah desculpe-me, de facto este senhor estava a minha frente.
- Ta desculpada, mas a culpa não é sua, é do senhor. Ele me viu entrar.
O funcionário, sem ter terminado o pedido da senhora, dirigiu-se para mim e disse:
- O quê é que quer?
Vendo o seu ar com um certo desprezo respondi:
- Acho que é melhor agora terminar o que já começou e depois me atenda se faz favor.
Depois de terminar com a Senhora o funcionário dirigiu-se para mim e voltou a ser mal-educado.
- O quê é que tu queres?
Notando essa agressividade e desprezo comecei a ferver por todos os lados, consciente que não podia perder o controlo.
- Com essa atitude e sem um pedido de desculpas não me apetece pedir nada, afirmei eu.
- Tá bem tá, resmungou ele.
Ai tomei logo a atitude que já tinha decidido tomar nestas ocasiões. Sem exaltar pedi o livro de reclamações.
Isso fê-lo ainda mais tonto.
- Não temos não, não damos, disse, virando as costas para mim.
Eu fiquei estupefacto com a negação do livro de reclamações*. Vi à minha volta e estavam cerca de 10 pessoas no estabelecimento.
- Estão todos a ver? Ouviram que este funcionário não me quer dar o livro de reclamações?
Mais estúpido fiquei, porque ninguém respondeu. Outros foram saindo. Prossegui com o pedido, desta vez ao seu colega.
- Não ligue, ele não está bem, ele não o viu, esqueça lá isso.
- Eu já disse que quero o livro de reclamações.
- Não posso dar, o patrão não esta cá, concluiu a conversa.
Retirei-me do estabelecimento. As vontades eram muitas mas peguei nas minhas cenas e saí... E já não vou lá mais.
*Já denunciei a situação. Os estabelecimentos comerciais que neguem o acesso ao Livro de Reclamações estão sujeitos a coimas até 30 mil euros.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Homenagem a Eduardo Pontes
Se um dia esse mundo deixar
Espero que o nosso jardim permanecerá
Para hoje e amanhã o aroma navegar
Só assim que a minha essência continuará
-Naparama
sábado, 24 de maio de 2014
Rap di protesto
"Obrigado, bemvindos, é um prazer estar aqui", diz Hezbó MC quando abre um concerto. Transmite uma responsabilidade e humildade por ser um mestre de cerimónia, MC.
Fight pa txiga freedom é o título do seu último albúm. Tem como conteúdo critica social: os problemas sociais que de uma maneira ou outra nos afecta a todos como cidadãos. Hezbó MC fala dos subúrbios, da crise, dos imigrantes, dos assassínios pela mão da polícia, da dificuldade da comunidade africana, das discriminações e de outras experiências passadas pelo próprio.
Para além de um MC, também é um activista, e sente a responsabilidade para com o povo. "Eu falo [...] não só dos cabo-verdianos ou dos africanos mas também dos brancos pobres nos bairros, das pessoas que encaram com esses problemas", ele diz numa entrevista.
Hezbó MC tem traçado muitas lutas. Uma delas é a necessidade à utilização da língua crioulo, a sua língua mãe. Uma língua, que foi, e ainda é, muito criticada. Eu ainda me lembro de ser gozado por falar crioulo. Uns até chamavam de pretoguês porque não sabiam que crioulo é uma língua. "Falo na língua que sinto mais natural. [...] Eu também tenho esse direito", afirma Hezbó MC.
Em Portugal, os média tem por costume o hábito de consumir músicas em inglês. Só há algum tempo para cá que abriram mais espaço para outras músicas do mundo e nacionais. A questão da língua é muito importante. O escritor queniano Ngugi wa Thiong'o defende que "[l]anguage carries culture, culture carries [...] the entire values by which we came to perceive ourselves and our place in the world" no seu livro Decolonizing the Mind.
De mic na mão como seu canhão está a fazer uma excursão por todo o país. Promovendo o hip-hop e abrindo portas, uma vez fechadas. "Aquela mensagem, aquele sentimento que passo na minha música é importante."
Fight pa txiga freedom é o título do seu último albúm. Tem como conteúdo critica social: os problemas sociais que de uma maneira ou outra nos afecta a todos como cidadãos. Hezbó MC fala dos subúrbios, da crise, dos imigrantes, dos assassínios pela mão da polícia, da dificuldade da comunidade africana, das discriminações e de outras experiências passadas pelo próprio.
Para além de um MC, também é um activista, e sente a responsabilidade para com o povo. "Eu falo [...] não só dos cabo-verdianos ou dos africanos mas também dos brancos pobres nos bairros, das pessoas que encaram com esses problemas", ele diz numa entrevista.
Hezbó MC tem traçado muitas lutas. Uma delas é a necessidade à utilização da língua crioulo, a sua língua mãe. Uma língua, que foi, e ainda é, muito criticada. Eu ainda me lembro de ser gozado por falar crioulo. Uns até chamavam de pretoguês porque não sabiam que crioulo é uma língua. "Falo na língua que sinto mais natural. [...] Eu também tenho esse direito", afirma Hezbó MC.
Em Portugal, os média tem por costume o hábito de consumir músicas em inglês. Só há algum tempo para cá que abriram mais espaço para outras músicas do mundo e nacionais. A questão da língua é muito importante. O escritor queniano Ngugi wa Thiong'o defende que "[l]anguage carries culture, culture carries [...] the entire values by which we came to perceive ourselves and our place in the world" no seu livro Decolonizing the Mind.
De mic na mão como seu canhão está a fazer uma excursão por todo o país. Promovendo o hip-hop e abrindo portas, uma vez fechadas. "Aquela mensagem, aquele sentimento que passo na minha música é importante."
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Ali engenhero é mi
"Isto é totalmente diferente do que eu estava a espera", disse uma amiga olhando para a pequena colina. Já na minha casa ela olhou à volta e perguntou: "E isto, é seguro?"
Claro que é, digo eu. Tem uma coisa que sei com certeza, a maioria de habitantes aqui sabem melhor de construção do que outra coisa.
Claro que é, digo eu. Tem uma coisa que sei com certeza, a maioria de habitantes aqui sabem melhor de construção do que outra coisa.
A Cova da Moura foi habitada por retornados e portugueses vindos de outras partes do país nos anos 70. Este acontecimento foi devido ao elevado preço das habitações em Lisboa na mesma época. A zona de Sintra foi fortemente procurada, e o acesso à compra de terrenos era mais fácil.
Aqui a maioria da população, não só os homens mas também as mulheres, já trabalhou na construção civil. Esse era o trabalho de mais oferta nos anos 80. E aos fins de semana muitos dos habitantes continuavam as obras em suas casas.
"Manda a massa", num tom alto dizia o Chicklim para que o servissem mais de massa."Tá a sair, tá a sair", respondia o meu pai. Todos nós lá de casa participávamos, ora era carregar baldes de massa ou fazer uma linha para passar os tijolos para arrumá-los. Sábado e domingo eram dias de empreitada.
As casas podem apresentar uma estrutura fora do irregular mas são bastante solidas. O bairro tem algumas similaridades com outros bairros como Alfama ou Mouraria. Isso pode-se ver nas ruas estreitas e nos becos que formam pequenos labirintos. Nunca ouvi falar de nenhum desastre.
Aqui a maioria da população, não só os homens mas também as mulheres, já trabalhou na construção civil. Esse era o trabalho de mais oferta nos anos 80. E aos fins de semana muitos dos habitantes continuavam as obras em suas casas.
"Manda a massa", num tom alto dizia o Chicklim para que o servissem mais de massa."Tá a sair, tá a sair", respondia o meu pai. Todos nós lá de casa participávamos, ora era carregar baldes de massa ou fazer uma linha para passar os tijolos para arrumá-los. Sábado e domingo eram dias de empreitada.
As casas podem apresentar uma estrutura fora do irregular mas são bastante solidas. O bairro tem algumas similaridades com outros bairros como Alfama ou Mouraria. Isso pode-se ver nas ruas estreitas e nos becos que formam pequenos labirintos. Nunca ouvi falar de nenhum desastre.
"Ali engenheiro é mi", diz o meu pai com algum orgulho à minha amiga. Aqui a construção não foi feita de maneira a toa mas sim com bases de conhecimento de construção civil. Essas técnicas combinadas e com os estilos de cada imigrante ou emigrante originou numa identidade e uma particularidade em cada habitação.
terça-feira, 4 de março de 2014
Odja força
Camarada ka morri
Camarada sta li
Na bô ku mi
Camarada ka corri
Odja força
Camarada sta li mé
Na mundo ki junta
Na gentis kê cria
Camaradas força!
Camaradas continua
Na luta...
Camaradas planos ka muda
O poema foi escrito para um amigo da Cova da Moura.
Descansa em paz, Avô.
Camarada sta li
Na bô ku mi
Camarada ka corri
Odja força
Camarada sta li mé
Na mundo ki junta
Na gentis kê cria
Camaradas força!
Camaradas continua
Na luta...
Camaradas planos ka muda
O poema foi escrito para um amigo da Cova da Moura.
Descansa em paz, Avô.
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